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Loriga a Suíça Portuguesa

segunda-feira, agosto 18, 2008

Volta a Portugal em Bicicleta (Fotos) - 3.ª Etapa

Rui Sousa (Liberty Seguros) venceu no Sábado a terceira etapa da 70ª Volta a Portugal em Bicicleta, prova com passagem pela Portela do Arão região de Loriga, onde estava instalada uma meta de primeira categoria do Prémio da Montanha. Esta etapa partiu de Idanha a Nova e terminou no alto da Torre. Apesar do frio foram muitos os espectadores que assistiram a esta etapa.
Ficam registadas algumas fotos:


:







terça-feira, agosto 12, 2008

Fontão... uma Pérola de Loriga....




segunda-feira, agosto 11, 2008

Festa N.ª S.ª da Ajuda - Fontão

Realizou-se dia 10 de Agosto a Festa de Nossa Senhora da Ajuda no fontão, anexa de Loriga.
Ficam alguns registos da Festa.


Capela



Procissão



















sexta-feira, agosto 08, 2008

Nossa Senhora do Carmo

Foi de comum acordo pelos moradores do Bairro de S. Genês, a realização de dois em dois anos de uma Festa, unicamente religiosa, em honra da Nossa Senhora do Carmo, .
No dia 4 de Junho de 2000, realizou-se a primeira Festa, um primeiro evento que fez engalanar em festividade o típico bairro de S.Genês. Teve como momento mais alto, a bonita procissão, que percorreu as ruas da vila, sendo o andor da N. S. do Carmo transportado pelos elementos da Guarda Nacional Republicana (GNR).
Esta Festa foi levada a efeito, numa organização conjunta com os moradores do Bairro das Penedas, que consideram-se como um anexo do Bairro de S.Genês.
Ficará ainda como registo, o facto, de o "velho" Terreiro da Lição, ter sido pela primeira vez cenário de um concerto de música, que a Banda de Loriga ali efectuou nesse dia.

 

Capela


A Capela de Nossa Senhora do Carmo é de espaço único. As fachadas são rebocadas e pintadas de branco, com cunhais assinalados a granito e rematados por elementos piramidais (?). A fachada principal termina em cruz latina e é rasgada por um portal em arco de volta perfeita moldurado, ladeado duas janelas em arco abatido. É encimado por uma janela e por um nicho que alberga um sino.

O interior cokm paredes pintadas e rebocadas de branco é percorrido por lambril de azulejos monocromos, de padrão industrial.

 1 Bem mesmo no centro do Bairro de São Genês, quase que passando despercebida a capela dedicada à Nossa Senhora do Carmo, muito bem guardada e protegida pelos moradores desse lugar pitoresco de Loriga, continua a manter a firme postura de capela de bairro, sendo bem patente o orgulho que os moradores locais têm na sua capela.

Vem de longe a existência da capela naquele local, sendo desconhecida a data certa da sua construção. Sabe-se que em 1758 já estava construída pois pelos poucos escritos existentes dessa época, já se fazia referência à dita capela, não como titulada ao nome actual, mas sim titulada a San Gens, pensando-se até, que resistiu ao grande terramoto de 1755, que nesse ano assolou o nosso país e arrasou quase totalmente Lisboa.

É certo, que dificilmente se poderá saber a razão e a iniciativa da edificação de uma ermida naquele local. Sabe-se, no entanto, que a capela actual não é a primitiva uma vez que, por estar em vias de ruir, seria reconstruída. Mesmo assim, durante alguns anos, esteve só com paredes e telhado e, só depois de ser feito o altar, foi restituída ao culto em 1938.

Para quem não saiba, muito boa gente poderá ser induzida no erro de que, a data de 1909, inscrita na fachada por cima da porta, corresponde à data da existência da capela naquele local. Na verdade não é assim, pois, na realidade, a data corresponde a uma de algumas reconstruções que esta capela foi tendo ao longo da sua existência. Supõe-se que a capela primitiva tenha ali sido construída por volta de 1700, início do século de 1700.

Nos mesmos escritos que acima citamos, era referenciada a não existência de habitações naquele local quando a ermida foi construída, estando escrito que ela se situava ao "lado da vila". Por conseguinte, o povoado de Loriga ainda ali não chegava, sabendo-se que, durante muitos séculos, o povo português, muito religioso e crente construía as ermidas normalmente em locais fora dos povoados. Do que parece não restar dúvidas, é que a capela foi ali edificada em honra de São Genês e, por isso mesmo, aquele local passou a ser chamado precisamente por esse mesmo nome, topónimo que ainda hoje se mantém.

Apesar da capela não ser cenário de grandes festas em honra da sua Virgem, como decerto acontece com outras festas religiosas que se realizam em Loriga, não é por isso menosprezada. Se recuarmos a tempos distantes veremos que esta capela foi fundamental e de grande utilidade em situações infelizmente trágicas acontecidas nesta localidade.

No século passado, mais precisamente em 1881, quando por motivo de um novo tremor de terra que se fez sentir na região da Beira, a igreja matriz viria a ruir, esta capela foi utilizada na realização de alguns actos religiosos. Já no século XX, quando da grave epidemia que aconteceu em Loriga no ano de 1927, na capela da Senhora do Carmo, foi improvisado um balneário, sendo dotada com banheiras e água canalizada. Nesta altura, a capela estava praticamente desactivada religiosamente, pois apenas tinha as paredes e o telhado e, essa adaptação em balneário, foi importante na luta dessa epidemia.

A capela de Nossa Senhora do Carmo é, presentemente, digna de uma visita devendo, em minha opinião, fazer parte do roteiro dos visitantes de Loriga, que decerto não deixarão de admirar, na amplitude do altar em madeira ornamentada, a beleza da imagem da Virgem, bem como outras imagens antigas e de muito valor, onde não poderia faltar o São Genês, precisamente o patrono deste Bairro. É uma capela que, apesar de antiga, respira modernidade, graças aos cuidados que os moradores do Bairro de S. Genês lhe dedicam.

in: www.loriga.de (Site AdelinoMMPina)

Santo António


A festa em Honra de Santo António é festejada todos os anos no Domingo mais próximo do dia 13 de Junho.
 
 
A Capela
 
Capela Santo António no Ano1972

A capela dedicada a Santo António, parecia ser  a mais antiga de todas as  existentes em Loriga, criada no reinado de D. Manuel I, no Largo que recebeu o seu nome, perto da Carreira.

A capela ali existente era muito antiga, sabendo-se que a sua construção vinha já do século XVIII. Em escritos existentes de 1758, faz-se referência a esta capela, como situada ao cimo da vila pensando-se, assim, que quando foi construída, o povoado de Loriga não era ainda para lá deste local.

Na década de 1880, a capela do Santo António, passou a substituir a Igreja Matriz em todos os cultos religiosos, por motivo desta ter ruído, quando foi sentido em Loriga, um forte sismo.

A primitiva Capela tinha alpendre e campanário, que nada tinha a ver com a capela que chegou aos nossos dias, precisamente até à sua demolição, ocorrida na década de 1970.

Nossa Senhora da Ajuda

Nossa Senhora da Ajuda é a Padroeira de Fontão de Loriga, orago da capela local, e as festas em sua honra realizam-se anualmente no segundo domingo de Agosto.
O título "Nossa Senhora da Ajuda" tem a ver principalmente com o momento da morte de Cristo na cruz. Enquanto ele oferecia sua vida pelos homens, Nossa Senhora colocava-se como “da ajuda” e intercessora dos pecadores.


Imagem da N.ª S.ª da Ajuda


quarta-feira, agosto 06, 2008

Nossa Senhora da Guia




A grande devoção da gente de Loriga, é a Nossa Senhora da Guia, venerada na sua capela construída em 1884, por iniciativa dos emigrantes.

É festejada todos os anos na primeira semana de Agosto, com variado programa religioso e profano e os loriguenses vêm de longes terras tornar parte nos festejos, rezar a Nossa Senhora da Guia e confraternizar com famílias e conterrâneos.


Loriga – porventura a terra mais panorâmica do Concelho de Seia – está situada em plena Serra. A guisa de moldura imponente abraçam-na e cingem-na altos montes com as suas penhas e peducais, tendo nas suas faldas o tapete verde e manso dos pinheiros.

É bela, surpreendentemente majestosa e típica esta terra. Vista de longe, da Penha d’Águia por exemplo, arrebata, domina e extasia ao mesmo tempo.


Terra de alturas e abismos, de ribeiras pressurosas com água pura a cantar e dançar à volta de penedia calva e branca, de milheirais verdes cobrindo courelas encavalitadas em anfiteatro que desce pelos pendores do outeiro onde se situa. Na sua rudeza, na alegria pura das suas gentes, nos remansos e passeios silenciosos, no rumor das suas fábricas e oficinas, nas suas casas brancas e na grandeza e imponência da sua serra, é uma terra turística e privilegiada, terra sonho, de paisagens que não esquecem, de ares que tonificam de fontes que refrescam e dessedentam…

Há em Loriga uma devoção bem vincada à Virgem com o título de Nossa Senhora da Guia. A noroeste da povoação, num morro que emerge da ribeira de S. Bento, branca e airosa, levanta-se uma ermida em Honra de Nossa Senhora da Guia. A sua devoção está bem viva e firme na alma do povo Loriguense.

É deveras curiosa a história da capela e do culto de Nossa Senhora da Guia.

Nos meados do século passado existiam em Loriga os “Cartagenos” ou sejam negociantes que por esse Portugal fora vendiam peças de lã inteiramente feitas à mão.

Foram eles, com certeza, os imediatos antecessores dos industriais de Lanifícios. Loriga, era aliás, terra ideal para essa indústria, pois a água que corre nas ribeiras era força motriz para mover as suas máquinas. Esses “Cartagenos” nas suas andanças comerciais viram em Vila do Conde, junto à foz do Rio Ave, uma ermida em Honra de Nossa Senhora da Guia, padroeira dos pescadores. Quando em Loriga se pensou em levantar uma capela em louvor da Virgem o título escolhido foi de Nossa Senhora da Guia.

Mesmo não poderia ser outro. É que muitos Loriguenses, à procura de melhor sorte, já nessa altura trabalhavam no Brasil, mormente na região do Amazonas, nas cidades do Pará e Manaus. Nossa Senhora da Guia tornou-se por isso padroeira dos emigrantes.

O local escolhido para a construção da respectiva capela foi o morro atrás citado então denominado “Gemuro”. Alias este local já então era visitado, pois servia de miradouro a para os Loriguenses olharem o monte do Colcorinho sobretudo no domingo do E. Santo, a quando da celebração da festa de Nossa Senhora das Preces em Vale de Maceira. E o povo era tanto, já nessa altura, que um homem de Valezim fazia comercio vendendo refrescos e rebuçados.
A capela primitiva foi concluída em 1884 e a primeira festa foi realizada em Novembro desse ano. Esta capela durou cerca de 40 anos e tinha a porta principal voltada para Loriga, razão porque o povo cantava:

Nossa Senhora da Guia
Combatida pelo vento
Tem as suas portas viradas
Pr’o St. Sacramento

A imagem da Virgem tão bela e expressiva foi feita possivelmente em Braga e data da data da Construção da primitiva capela. Chegou até bastante antes da capela estar concluída.

Existe outra imagem – a Senhora da Guia pequenina – que devia vir para Loriga aó por volta de 1901- 1902. A razão desta segunda imagem é a seguinte: No dia da Festa que exceptuando o primeiro ano (1884) sempre se realizou no primeiro Domingo de Agosto, de manhã muito cedo, a imagem vinha em procissão da Capela para a Igreja, regressando para a sua Capela cerca do meio-dia. Acontecia que muitos romeiros, alguns de longes terras, vinham até à capela cumprir as suas promessas e dar as suas ofertas e não encontravam a Imagem da Virgem o que bastante os desconsolava. Foi por isso que se mandou fazer outra imagem que substituísse, na ausência a primitiva imagem, de Nossa Senhora da Guia.
Como a primitiva capela, feita de pedras de xisto, batidas por enxurradas de água não oferecesse segurança foi resolvido edificar outra. Para o efeito constitui-se uma Comissão aí por 1921, sendo demolida a antiga capela e edificada a actual. O sacerdote que estava frente da Paróquia no ano de Construção da primitiva capela era o Senhor Padre Matias e o que paroquiava Loriga quando da construção da segunda capela era o Monsenhor António Gouveia Cabral.
Nossa Senhora da Guia tem sido de facto padroeira dos emigrantes. Estes têm-lhe sido deveras agradecidos. O 1.º Domingo de Agosto é sempre lembrado. Em Manaus e no Pará os Loriguenses reúnem-se esse dia, por vezes com festa e procissão em honra de Nossa Senhora da Guia a que já se tem dignado assistir o Senhor Bispo.
Foram os brasileiros – assim chamados os Loriguenses que vivem no Brasil – que em 1905 mandaram edificar o coreto ou pavilhão para a Filarmónica tocar em dia de festa.

Nossa Senhora da Guia
Rosa Branca em botão
Dai saúde aos brasileiros
Que deram o pavilhão.

Foram os brasileiros – os do Pará – que há poucos anos mandaram edificar o belo altar e retábulo de mármore com motivos alegóricos à Ladainha da Virgem.
Foram os brasileiros de Manaus que ofereceram a valiosa e pesada e artística cruz de prata benzida em 1906 oito dias antes da Festa de Nossa Senhora da Guia.

Nossa Senhora da Guia
A vossa ladeira mata
Dai saúde aos brasileiros
Que deram a Cruz de Prata.

 Foi também no dia de Nossa Senhora da Guia – reunidos em festa nesse dia – que os brasileiros de Manaus se lembraram e cotizaram para em 1905 levantarem os elegantes fontanários de Loriga.
Apenas para completar esta breve resenha histórica quero afirmar que existem dois guiões de Nossa Senhora da Guia: Um vermelho oferecido em, 1888 e que por ser muito alto e pau foi cortado quando da inauguração da electricidade em Loriga e outro azul bastante mais largo que a rodeia.
Infelizmente a devoção, o culto a Nossa Senhora da Guia está um tanto esmorecido. È necessário despertá-lo, torná-lo mais vivo, prático e operante.
Que Nossa Senhora da Guia seja o elo que ligue e polarize todos os corações dos Loriguenses espalhados pelo mundo, que lhes lembre sempre a sua e nossa querida terra, as suas famílias, nos recorde os nossos deveres Cristãos, nos ensine a imitá-la e um dia nos reúna a todos no céu.

A.M.C

Santuário

O Santuário de Nossa Senhora da Guia, torna-se um ambiente de recolhimento, reflexão e de profunda oração...
Deixamo-nos desenvolver num ambiente de recolhimento, silêncio e simplicidade, num contacto vivo com o louvor divino e a sua Palavra..
Caros visitantes, venham até Loriga e visitem este maravilhoso local.














Sorteio da Festa de N.ª S.ª da Guia



1.º Prémio
- Um LCD
N.º Sorteado: 2100

2.º Prémio - Uma Máquina de lavar roupa
N.º Sorteado: 1455

3.º Prémio - Uma bicicleta
N.º Sorteado: 1658


4.º Prémio - Um ferro de Engomar
N.º Sorteado: 2313

5.º Prémio - Surpresa
N.º Sorteado: 3409


terça-feira, agosto 05, 2008

Festa de São Sebastião...

É uma festa que para além do acto religioso é também efectuada festa musical, que decorre na vila e que normalmente se realiza uma semana antes da Festa de Nossa Senhora da Guia, atraindo muitos visitantes.


As mordomias anualmente nomeadas, levam a efeito vários eventos, tendo ao longo do ano a preocupação de angariar receitas, não só para a realização da Festa anual, mas também ter sempre presente fundos para obras de restauro e conservação da Capela.

Cambeiro

Uma característica em honra do S. Sebastião em Loriga, é o tradicional peditório com o “cambeiro” que se realiza anualmente em Janeiro.

Recorde-se que o Cambeiro em Loriga é um mastro de madeira coberto com pendurais em ferro, que durante o terceiro Domingo de Janeiro, sai pelas ruas da vila, sendo transportado em cortejo.
O cortejo do cambeiro é anunciado pelas ruas ao som de uma campainha. A procissão principia no adro da igreja e ao longo do percurso da procissão as pessoas vão-se juntando ao cortejo, colocando pendurais com diversas oferendas: enchidos de carne diversos, bacalhau, pão, bacalhau, presunto, broa de milho, trigo, assim como, ofertas de feijão, grão, milho, queijos, etc., e até mesmo dinheiro que os mordomos vão transportando à parte.
No final da procissão no adro da igreja, dá-se inicio ao leilão de todas essas ofertas, que revertem para o culto e Festa anual de São Sebastião que actualmente se festeja no penúltimo fim de semana do mês de Julho.







Soneto a São Sebastião...

A uma árvore sofres recostado,
Expias em chagas as dores,
O corpo nu, já tanto flechado,
Suporta a cabeça e os louvores

Sebastião, os anjos protectores
Te levaram aos céus ao lado
De Deus, lá onde as árvores
Dão sombra e não o pecado

Da morte como a que assistiu
Ao teu instante derradeiro
E de onde estás, peço protecção

E luz contra a maldade vil
Que alveja como um flecheiro
Querendo meter-se no coração.

Francisco Libânio

Capela de São Sebastião

 Apesar de pouco se saber sobre a razão da construção da capela de São Sebastião naquele local, remonta há mais de dois séculos a sua existência. Em recortes antigos e relacionados à década de 1750, era referenciada como estando situada a "duzentos passos distantes da povoação no caminho para Valezim", na qual não faziam festa ou romaria alguma.

Segundo essa descrição, para essa época, a capela ficava longe da povoação, se tivermos em conta a existência de outras capelas já a ficarem rodeadas pelo povoado, com era os casos das capelas de Santo António e S. Gens, actualmente N. S. do Carmo. Efectivamente pensa-se ter existido uma boa razão para a construção de uma ermida naquele local.

Os relatos antigos vêm dizer que, sendo o caminho e trajecto de Loriga para outras povoações, aquele local era um lugar aprazível, de descanso, onde corria abundante água. Ali os viajantes paravam, por momentos, para descansar e, ao mesmo tempo, oravam pela viagem que estavam prestes a iniciar ou, aqueles que ao chegarem, ali paravam orando e agradecendo a viagem que tinham acabado de efectuar.

A primitiva capela construída em pequenas dimensões, era o protótipo da ermida isolada em lugar de passantes, havendo até uma certa preocupação de a mesma ser resguardada o mais possível das más condições climáticas. Ao ser edificada em honra desse Santo, poderá estar relacionado o facto de, nessa época, e um pouco por todo o lado, ser muito comum a veneração ao mártir São Sebastião, passando mesmo aquele lugar a ser assim chamado.

Com os tempos, aquele local bem como a capela já foram cenário de muitas alterações. O primitivo caminho deixou de existir e, em consequência, nova capela mais moderna foi também construída, esta sobreposta à antiga.

As Festas em honra de São Sebastião, por estranho que pareça, não se realizavam na sua capela mas sim na povoação. Houve tempos, até, que nem sempre era realizada, ao contrário do que acontece hoje, que se realiza anualmente. É uma festa grandiosa e uma das maiores que se efectuam em Loriga, realizando-se no verão, em data o mais próximo possível da Festa da Nossa Senhora da Guia.

Uma tradição em honra deste Santo, que através dos tempos se vai mantendo, é o peditório realizado com o “cambeiro”, um mastro alto, em madeira, ornamentado com penduradores em ferro, que percorre as ruas da Vila, e onde as pessoas penduram as suas ofertas: chouriços; morcelas; presuntos; carne; pão; queijos; feijão; grão; milho etc., sendo estas ofertas leiloadas em evento efectuado no largo da igreja.

Ao contrário das outras capelas já referidas, existentes em 1758, e que com os tempos foram ficando dentro da povoação de Loriga, a de São Sebastião, apesar de mais de dois séculos já passados, continua fora e isolada, apesar de visível do casario da Vila que dela se foi aproximando. O seu patrono é, pois uma presença viva dos antepassados Loriguenses que idealizaram aquele local e a construção da capela. E se, em tempos distantes, se pensa que abençoava os viajantes que por ali passavam, continua hoje a ser a bênção para muitos outros que ali passam para a última viagem, mas esta, uma viagem sem regresso.

A Capela de São Sebastião é de espaço único. Exteriormente as fachadas são rebocas e pintadas de branco percorridas por lambril de pedra de granito. A fachada principal é rasgada por um portal recto e por duas janelas recortadas. Tem campanário. O interior tem paredes rebocadas e pintadas de branco percorridas por lambril de azulejos de padrão industrial.

Visitar a capela de São Sebastião é também importante, pelo seu valor histórico e cultural, fazendo mesmo parte do itinerário turístico desta localidade.


Loriganet convida o caro leitor a conhecer um pouco a história deste Homem que se tornou Santo.


SÃO SEBASTIÃO nasceu em Narbonna em 250d.c.,e morreu em 288d.c.em Roma. Era um valente soldado,tendo ingressado no exército com cerca de 19 anos de idade. Sua fama de bom soldado era tamanha que tornou-se estimado pelos imperadores Diocleciano e Maximiano; tanto que confiaram o comando do primeiro exército pretoriano a ele. Era sem dúvida nenhuma um soldado exemplar! Mas se era tão querido e exemplar,então por que o mataram?
Sebastião vivia num tempo em que era proibido confessar ser seguidor de JESUS .Os soldados prendiam sem dó nem piedade os cristãos. Acontece que Sebastião era um cristão, e imperador

Não sabia disso. E Sebastião ajudou tanto aos demais cristão que foi conhecido depois o DEFENSOR DA IGREJA. A atuação de Sebastião nesse sentido consistia principalmente em confortar os cristão que eram perseguidos,e especialmente os que padeciam no martírio.
Até mesmo pessoas em altos postos no sistema carcerário romano se converteram à fé em JESUS por meio do seu testemunho.

Então,Sebastião foi denunciado ao imperador Diocleciano que ficou indignado,irado,pois o homem em quem pusera sua confiança era um cristão (e cristão de ação!);e o condenou à morte. Levaram-no para um campo aberto,e os arqueiros da Mauritânia o flecharam. Dando-o por morto,abandonaram-no preso a uma árvore.

Como Deus não abandona os seus servos, Sebastião por um milagre,resistiu às flechadas e sobreviveu. Não muito depois,foi encontrado por uma piedosa viúva,que cuidou de suas feridas. Após sua recuperação,o valente Sebastião se apresentou ao imperador Diocleciano, censurando-o por sua crueldade e exortando-o a deixar de adorar os falsos deuses,mediante suas imagens de escultura. O imperador ficou estarrecido ao ver em sua presença aquele que cria estar morto. Preso novamente foi açoitado até morrer.












domingo, agosto 03, 2008

Domingo da Festa (Fotos)